“É uma maldade que prejudica 154 mil vidas”, afirma Bia de Lima sobre nova cobrança do IPASGO

De acordo com a parlamentar, a medida, que foi aprovada em 1ª votação nesta quarta-feira (10), é um massacre aos servidores públicos e não foi comunicada ao conselho deliberativo do IPASGO. Bia de Lima aponta a manobra do governador Ronaldo Caiado como mais uma maneira de enfraquecer e destruir o plano de saúde estadual.

A deputada estadual Bia de Lima (PT) se posicionou mais uma vez ao lado do povo goiano e dos servidores públicos de Goiás, ao criticar e denunciar abusos relacionados ao projeto do Governo de Goiás, que estabelece a cobrança de 30% para os dependentes do IPASGO, que até então eram isentos.

De acordo com a parlamentar, a medida, que foi aprovada em 1ª votação nesta quarta-feira (10), é um massacre aos servidores públicos e não foi comunicada ao conselho deliberativo do IPASGO. Bia de Lima aponta a manobra do governador Ronaldo Caiado como mais uma maneira de enfraquecer e destruir o plano de saúde estadual.

“O pacote de maldades está aberto e podemos observar o constrangimento visível dos deputados da Base, porque não há argumentos plausíveis para justificar mais essa cobrança. Tanto é que a matéria foi encaminhada sem ouvir o conselho deliberativo, o que era o primeiro passo. O argumento é que existe a necessidade de alterações em decorrência do déficit da condição atuarial do IPASGO. Mas faço aqui a denúncia: nada disso passou pelo conselho, não houve análise de contas, de encaminhamentos, normativas, nada”, declarou a deputada.

A parlamentar ressalta que são 154 mil usuários prejudicados. “Qual é o intuito do governo com esta medida? São 154 mil pessoas massacradas com esta matéria, dizendo que é porque uns não pagam e outros terão que pagar, mas o nosso plano de saúde sempre foi solidário, justamente para que as pessoas que ganham menos tenham condições de ser atendidas. Essa medida inviabiliza a permanência dos servidores no plano de saúde. Essa matéria é criminosa”, ressaltou Bia de Lima.

Ainda segundo Bia de Lima, o IPASGO deixou de ser dos servidores públicos. De acordo com ela, desde que o plano de saúde dos servidores públicos de Goiás passou a ter as mesmas regras geridas pela ANS, de qualquer plano de saúde privado, não houve nenhuma melhora.

“É conveniência e oportunidade de quem defende essa matéria, porque não existe embasamento. Para os servidores públicos, para os filhos dos titulares, os agregados, isso é um momento de desespero. Em nome de todos os servidores eu digo que nós não concordamos com essa maldade e vamos dizer em todos os cantos do estado quem se posicionou contra a nossa categoria, prejudicando efetivamente milhares de famílias. O prejuízo é irreparável”, finalizou a deputada.

A segunda votação da proposta está prevista para a sessão ordinária de quinta-feira (11/12).

A parlamentar foi veemente ao manifestar sua inconformidade com o projeto de lei da Governadoria que institui um novo aumento no Serviço Social Autônomo de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos e Militares do Estado de Goiás, o Ipasgo Saúde. A iniciativa, orquestrada por Ronaldo Caiado, propõe que os dependentes de beneficiários, até então isentos, passem a pagar a mensalidade na ordem de 30% dos valores da tabela atuarial do plano, com base na faixa etária.

Segundo Bia de Lima, investir em crianças é investir no futuro: “A primeira infância precisa ser prioridade. Recursos aplicados nessa etapa garantem desenvolvimento, oportunidades e mais justiça social para as nossas crianças.”

A deputada destaca que os servidores administrativos da UEG têm papel fundamental no funcionamento da universidade e no cumprimento de sua missão acadêmica e social, mas ainda não contam com uma política de carreira específica.