A deputada estadual Bia de Lima (PT) afirmou que o governo de Goiás comete um contrassenso ao propor o aumento do bônus para estudantes, no entanto, tira desses mesmos estudantes e de suas famílias o direito de acesso a um plano de saúde, se referindo a nova cobrança de 30% para os dependentes do Ipasgo.
Ao usar a tribuna, a parlamentar, que é defensora aguerrida das questões que envolvem a Educação de Goiás, se posicionou absolutamente favorável ao aumento da Bolsa Estudo, para R$ 130 nas escolas regulares e R$ 150 para os alunos de tempo integral. “A medida segue na mesma linha do programa Pé-de-Meia, do Governo Federal, para garantir que os estudantes possam permanecer nas escolas e evitar a evasão. Não resta dúvidas de que sou defensora desta matéria, que soma para a garantia da nossa juventude nas escolas”, declarou.
Contudo, Bia de Lima aponta que a gestão estadual retira destes mesmos estudantes a condição de ter um plano de saúde. “Eu não posso deixar de mencionar é que na contramão da medida positiva, o governo taxou e condicionou os dependentes e seus titulares a ter que pagar para poder continuar tendo um plano de saúde. É um contrassenso. É muita contradição de um governo que dá com uma mão e tira com as duas, uma situação terrível”, ressaltou a deputada.
A deputada reforçou ainda que além da valorização dos estudantes, também é preciso valores os que oferecem o ensino, aqueles que são administrativos e professores. “Os trabalhadores não terão condições sequer de pagar o Ipasgo. Desde 2018, quando consegui o auxílio alimentação não houve reajuste. Os administrativos não têm nada, não têm um plano de carreira atrativo, não tem auxílio alimentação reajustado há mais de sete anos. Como é que fica? Não melhora o salário, não melhora as condições, taxa o Ipasgo, taxa os aposentados, precisamos destacar toda essa contradição”, disse ela.
Por fim, a deputada pontuou sua inconformidade com o pagamento do bônus da Educação apenas para os trabalhadores que estão na ativa. “Os aposentados já são extremamente penalizados pela taxação de 14.25%. O bônus não é a melhor forma de gratificação, mas não posso ser contra algo que beneficia os servidores de alguma forma, porém, a medida é cruel com os aposentados que se dedicaram a vida toda ao serviço público, e são obrigados a contribuir novamente com a previdência”, finalizou ela.