Segurança pública: deputada Bia de Lima defende reestruturação e critica Caiado por se isolar de política nacional

A PEC deixa explícito no texto que as novas atribuições concedidas à União em relação não excluem as competências comum e concorrente dos demais entes federados.

A deputada estadual Bia de Lima (PT) afirmou nesta terça-feira, 8, que a PEC da Segurança Pública, proposta pelo governo federal e encaminhada à Câmara Federal pela Ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e o Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, é fundamental para a melhoria da segurança no território nacional. A proposta foi acatada pelos governadores do país, com a exceção de Ronaldo Caiado.

De acordo com a parlamentar, a PEC cria uma nova perspectiva para intimidar e inibir a criminalidade. “A PEC traz mudanças que há muito tempo o Brasil vem querendo, como a construção de um Sistema Único de Segurança Pública, com a reestruturação das forças policiais. Isso soma na construção de uma nova perspectiva para esta área, construindo mais mecanismos para o sistema penitenciário, uma nova dinâmica em todo o país”, afirmou ela.

Bia de Lima também criticou o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, único a se posicionar de forma divergente ao projeto. “Quero parabenizar o ministro Ricardo Lewandowski pelo apoio que teve dos governadores. O único que não concordou foi o Caiado, que quer fazer políticas adversas e se candidatar com essa bandeira de campanha. Mas a realidade que ele vende sobre Goiás é uma falácia. A PEC é muito importante para o país”, ressaltou ela.

Entre as medidas contidas na PEC, que foi intermediado pelo Conselho Nacional de Secretários de Segurança Pública (Consesp), estão o compartilhamento de dados entre as polícias. O Senado e a Câmara já sinalizaram que a segurança pública será prioridades neste ano.

Os principais pontos da proposta são:

•  Confere status constitucional ao Sistema Único de Segurança Pública (Susp), instituído em 2018 por lei ordinária;

• Prevê maior integração entre a União e os entes federados na elaboração e execução da política de segurança pública;

• Inclui na Constituição o Conselho Nacional de Segurança Pública e Defesa Social, composto por representantes do governo federal, dos Estados e do Distrito Federal e dos municípios, além da sociedade civil; e

• Deixa explícito no texto constitucional que as novas atribuições concedidas à União em relação à segurança pública não excluem as competências comum e concorrente dos demais entes federados, ou seja, não retira poderes dos estados de atuar na segurança pública.

Com Agência Gov

Na ocasião, a parlamentar, que também preside a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa de Goiás e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), ressaltou a importância do debate sobre o plano, bem como, as abordagens sobre os planos estadual e municipais, que já devem ser discutidos, para que sejam factíveis e reais.

Conforme a proposta da parlamentar, devem ser assegurados o acolhimento humanizado à mulher enlutada; manejo clínico e psicológico da perda gestacional ou neonatal; práticas de comunicação empática e respeitosa, além de abordagem da saúde mental perinatal, além do atendimento multidisciplinar.

De acordo com a parlamentar, a cadeia da moda popular é uma das mais importantes do país, especialmente, em Goiás, que têm diversos polos têxteis, porém, ao mesmo tempo, se trata de uma das mais precarizadas do ponto de vista do trabalho.