Deputada Bia de Lima critica retirada de recursos da saúde para compra de imóvel e vota contra a proposta

Durante sessão na Assembleia Legislativa de Goiás, a deputada estadual Bia de Lima (PT) fez um pronunciamento firme contra a destinação de mais de R$ 100 milhões da área da saúde para a compra de um imóvel da Caixa Econômica Federal no centro de Goiânia. Para a parlamentar, a medida é inaceitável, incoerente e desrespeitosa com as reais necessidades da população goiana.

Durante sessão na Assembleia Legislativa de Goiás, a deputada estadual Bia de Lima (PT) fez um pronunciamento firme contra a destinação de mais de R$ 100 milhões da área da saúde para a compra de um imóvel da Caixa Econômica Federal no centro de Goiânia. Para a parlamentar, a medida é inaceitável, incoerente e desrespeitosa com as reais necessidades da população goiana.

Goiás convive diariamente com uma realidade distante da propaganda oficial. É necessário garantir que o recurso chegue na ponta, valorizando os profissionais da saúde, garantindo condições para o pagamento do piso da enfermagem e assegurando o funcionamento adequado de serviços como o Samu. A deputada destacou que o debate não é isolado, mas envolve desdobramentos importantes para o atendimento à população. Segundo ela, transferir um volume tão expressivo de recursos para adquirir um prédio, enquanto faltam investimentos essenciais na saúde, demonstra falta de bom senso.

Bia de Lima também ressaltou que muitos goianos aguardam há meses por cirurgias eletivas e tratamentos humanizados, enquanto o governo alega falta de verbas. “É inadmissível dizer que não há dinheiro para atender quem está sofrendo e, ao mesmo tempo, reservar mais de R$ 100 milhões da saúde para comprar um imóvel. Isso não condiz com a finalidade essencial dos recursos públicos”, pontuou.

A parlamentar concluiu afirmando que o momento é inadequado para esse tipo de destinação orçamentária e pediu responsabilidade ao governo. “Se quiser comprar esse imóvel, que busque recursos de outras áreas não da saúde, nem da educação. Meu voto é contrário e reafirmo minha posição em defesa do nosso povo e da boa aplicação dos recursos públicos”, finalizou.

“Sou membro do Fórum há muitos anos e sou conhecedora da realidade da educação em Goiás. Conheço como ninguém a importância de acolher e ampliar a representação das entidades nesse debate. Essa medida do veto, com certeza, foi uma orientação da Secretaria de Educação e do governador, Ronaldo Caiado, mas é incompreensível”, afirma Bia de Lima.

“Em um momento em que estamos trabalhando para diminuir a inflação em Goiás e no Brasil, essa proposta vem em dissonância, em desacordo. É um absurdo o que se espera com isso. O Governo visa arrecadar, mas, a contrapartida, o efeito cascata, é terrível para os consumidores”, analisou Bia.

A deputada questionou a postura da Governadoria de manter descontos que considera abusivos. Segundo ela, os aposentados não irão se aposentar novamente, e, portanto, não deveriam contribuir como se estivessem na ativa. “A isenção deve ser total e que se faça justiça com quem dedicou a vida ao serviço público”, declarou.