“Basta de aumentos”, diz Bia de Lima ao se posicionar contrária a mais uma cobrança no IPASGO

A parlamentar foi veemente ao manifestar sua inconformidade com o projeto de lei da Governadoria que institui um novo aumento no Serviço Social Autônomo de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos e Militares do Estado de Goiás, o Ipasgo Saúde. A iniciativa, orquestrada por Ronaldo Caiado, propõe que os dependentes de beneficiários, até então isentos, passem a pagar a mensalidade na ordem de 30% dos valores da tabela atuarial do plano, com base na faixa etária.

Durante a sessão ordinária desta terça-feira (9) da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), a deputada estadual Bia de Lima (PT) usou a tribuna para defender os servidores públicos do estado e se posicionar de forma contrária a mais uma maldade do Governo de Goiás.

A parlamentar foi veemente ao manifestar sua inconformidade com o projeto de lei da Governadoria que institui um novo aumento no Serviço Social Autônomo de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos e Militares do Estado de Goiás, o Ipasgo Saúde. A iniciativa, orquestrada por Ronaldo Caiado, propõe que os dependentes de beneficiários, até então isentos, passem a pagar a mensalidade na ordem de 30% dos valores da tabela atuarial do plano, com base na faixa etária.

“Quando vai chegando o fim do ano, a gente não sabe se fica feliz com a proximidade do Natal ou se a gente começa a desesperar por conta do pacote de maldades que vem se repetindo desde o início da gestão do Caiado. Estamos votando matérias muito difíceis. Na semana passada nos colocamos contra o aumento da alíquota dos combustíveis, já aumentou a energia, já reduziu o percentual das RPV (requisições de pequeno valor), prejudicando os trabalhadores de todos os segmentos. E agora, a matéria que será discutida nesta semana, que é o aumento para os dependentes do Ipasgo, que terão que pagar 30%. Olha que absurdo! Basta de aumentos, em que mundo nós vamos conseguir sobreviver”, declarou a parlamentar.

Bia de Lima lembrou o histórico da privatização que transformou o Ipasgo em Ipasgo Saúde. Na visão da parlamentar, a implementação pelo Governo Estadual foi um erro e não trouxe qualquer benefício aos usuários. “Após a privatização, só aumentou o preço e piorou o serviço. Além disso, dificultou o atendimento e auditorias, desfavorecendo a prestação de serviços às pessoas que vêm do interior”, enfatizou. 

A deputada conclamou os colegas parlamentares e dirigentes de classes sindicais, a exemplo do Sindipúblico, Sindisaúde, Sinpol, Ugopoci, Sintego, Sindjustiça, para não permitir a aprovação do projeto de lei. “Estou muito preocupada. Vão ser 130 mil pessoas atingidas com esse aumento. Não, nós não vamos aceitar o desconto de 30% no salário dos servidores”, concluiu a parlamentar.

A deputada lembrou ainda a sucessão de perdas dos servidores públicos, desde 2019, ao longo da gestão de Caiado. “Todos os outros sindicatos estão pedindo, mais do que nunca, o clamor por parte de cada deputado no sentido de dizer: não, nós não aceitaremos mais esta carga nas costas do servidor público. Basta. Basta porque tirou o quinquênio, tirou a licença-prêmio, taxou o aposentado e agora vem querer descontar 30% de cada dependente. O prejuízo é irreparável para centenas e milhares de famílias”, finalizou.

De acordo com a parlamentar, a medida, que foi aprovada em 1ª votação nesta quarta-feira (10), é um massacre aos servidores públicos e não foi comunicada ao conselho deliberativo do IPASGO. Bia de Lima aponta a manobra do governador Ronaldo Caiado como mais uma maneira de enfraquecer e destruir o plano de saúde estadual.

Segundo Bia de Lima, investir em crianças é investir no futuro: “A primeira infância precisa ser prioridade. Recursos aplicados nessa etapa garantem desenvolvimento, oportunidades e mais justiça social para as nossas crianças.”

A deputada destaca que os servidores administrativos da UEG têm papel fundamental no funcionamento da universidade e no cumprimento de sua missão acadêmica e social, mas ainda não contam com uma política de carreira específica.