Bia de Lima quer valorização de profissionais da segurança pública que atuam pela proteção à mulher em Goiás

“Os profissionais que atuam no combate à violência contra a mulher desempenham um papel essencial na efetivação de leis de proteção e de demais instrumentos legais na defesa das mulheres. No entanto, esses trabalhadores enfrentam, muitas vezes, condições de trabalho inadequadas, sobrecarga de demandas, carência de recursos humanos e materiais, além da ausência de políticas estruturadas de valorização, formação continuada e apoio psicossocial. Tais fragilidades comprometem a eficiência do atendimento e o fortalecimento da rede de enfrentamento à violência contra a mulher”, afirma a deputada.

A deputada estadual Bia de Lima (PT) apresentou nesta quarta-feira (26), um projeto de lei que institui a política estadual de valorização das equipes das patrulhas de proteção à mulher em situação de violência doméstica e familiar, profissionais das delegacias especializadas de atendimento à mulher (DEAEMS) e profissionais de perícia.

De acordo com a deputada, o objetivo é reconhecer, incentivar e proteger os profissionais que atuam na prevenção, atendimento, investigação e fiscalização das medidas protetivas de urgência previstas na lei Maria da Penha.

A política se aplica a todas as forças de segurança pública, órgãos de perícia e unidades especializadas que, nos âmbitos federal, estadual, distrital e municipal, mantenham serviços voltados ao enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher.

“Os profissionais que atuam no combate à violência contra a mulher desempenham um papel essencial na efetivação de leis de proteção e de demais instrumentos legais na defesa das mulheres. No entanto, esses trabalhadores enfrentam, muitas vezes, condições de trabalho inadequadas, sobrecarga de demandas, carência de recursos humanos e materiais, além da ausência de políticas estruturadas de valorização, formação continuada e apoio psicossocial. Tais fragilidades comprometem a eficiência do atendimento e o fortalecimento da rede de enfrentamento à violência contra a mulher”, afirma a deputada.

Para Bia, a política busca reconhecer a relevância social e o impacto do trabalho desenvolvido por essas equipes, estabelecendo diretrizes para promover sua capacitação contínua, garantir melhores condições de trabalho, estimular a valorização profissional e implementar mecanismos de proteção à saúde física e mental desses servidores.

“Além disso, ao promover o reconhecimento institucional e social dessas equipes, o Estado de Goiás reafirma seu compromisso com o enfrentamento da violência de gênero e com a promoção da igualdade e da justiça social, fortalecendo o pacto federativo de defesa dos direitos das mulheres”, ressalta a parlamentar.

Veja as diretrizes e incentivos da proposta:

Diretrizes

I – Reconhecimento da atividade das Patrulhas, DEAMs e órgãos periciais especializados como serviço essencial, contínuo e de alta relevância social;
II – promoção de programas permanentes de capacitação e formação continuada, com foco em gênero, direitos humanos e atendimento humanizado;
III – valorização financeira, funcional e psicossocial das equipes atuantes, com a implementação de ações de apoio psicossocial e de prevenção ao adoecimento físico e mental dos profissionais;
IV – garantia de exclusividade das funções durante o período de designação para atuação especializada;
V – fiscalização permanente das condições de trabalho e do cumprimento das normas estabelecidas;
VI – fortalecimento da atuação articulada entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios;
VII – participação dos profissionais nas instâncias de planejamento e avaliação das políticas públicas de proteção à mulher.

Possíveis incentivos

I – gratificação por desempenho ou por exercício de atividade de risco;
II – prioridade em cursos de capacitação, promoções, prêmios por desempenho institucional e participação em eventos especializados;
III – fornecimento de equipamentos adequados, viaturas exclusivas, tecnologias de monitoramento e comunicação;
IV – garantia de acesso ao atendimento psicológico, rodas de escuta, serviços de saúde mental e prevenção de adoecimento emocional;
V – promoção de campanhas educativas, seminários e conferências voltados ao fortalecimento do papel das equipes no enfrentamento da violência contra a mulher.

As ações decorrentes desta Lei poderão ser desenvolvidas de forma articulada com o Poder Judiciário, o Ministério Público, a Defensoria Pública, as Prefeituras Municipais, as Universidades e as Organizações da Sociedade Civil que atuem na defesa dos direitos das mulheres.

“Sou membro do Fórum há muitos anos e sou conhecedora da realidade da educação em Goiás. Conheço como ninguém a importância de acolher e ampliar a representação das entidades nesse debate. Essa medida do veto, com certeza, foi uma orientação da Secretaria de Educação e do governador, Ronaldo Caiado, mas é incompreensível”, afirma Bia de Lima.

Durante sessão na Assembleia Legislativa de Goiás, a deputada estadual Bia de Lima (PT) fez um pronunciamento firme contra a destinação de mais de R$ 100 milhões da área da saúde para a compra de um imóvel da Caixa Econômica Federal no centro de Goiânia. Para a parlamentar, a medida é inaceitável, incoerente e desrespeitosa com as reais necessidades da população goiana.

“Em um momento em que estamos trabalhando para diminuir a inflação em Goiás e no Brasil, essa proposta vem em dissonância, em desacordo. É um absurdo o que se espera com isso. O Governo visa arrecadar, mas, a contrapartida, o efeito cascata, é terrível para os consumidores”, analisou Bia.