“Piso para administrativos é urgente!”, defende a deputada Bia de Lima

“Os administrativos fazem a escola funcionar. São eles que fazem a merenda, que recebem os alunos, eles são parte ativa da escola e indispensáveis quando falamos de qualidade das instituições. O Piso, além de muito sonhado, é uma valorização efetiva para esses profissionais. Sabemos que é uma grande tarefa, mas o recado é claro e urgente: nós queremos piso para os administrativos, chega de esperar, é uma questão urgente”

A deputada estadual Bia de Lima (PT) participou nesta quarta-feira (6/8) de um ato, em Brasília, em razão do Dia Nacional dos Profissionais da Educação. Na ocasião, reunidos em frente ao Ministério da Educação, a categoria se mobilizou em defesa da educação pública e, principalmente, pela aprovação de um projeto de lei que garanta o Piso Salarial dos Profissionais Técnicos e Administrativos da Educação Básica.

De acordo com a parlamentar, que também preside a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa de Goiás e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás, a aprovação do projeto é fundamental para o reconhecimento e o fortalecimento da carreira no serviço público.

“Os administrativos fazem a escola funcionar. São eles que fazem a merenda, que recebem os alunos, eles são parte ativa da escola e indispensáveis quando falamos de qualidade das instituições. O Piso, além de muito sonhado, é uma valorização efetiva para esses profissionais. Sabemos que é uma grande tarefa, mas o recado é claro e urgente: nós queremos piso para os administrativos, chega de esperar, é uma questão urgente”, afirmou Bia de Lima.

Conforme a deputada, a reivindicação é para que a proposta do Piso dos Administrativos seja encaminhada pelo Executivo, para que não haja vício de origem e nem debates que inviabilizem a aprovação da medida.

“Viemos dos quatro cantos do país para deixar esse recado para o ministro Camilo Santana, que tanto tem feito pela Educação do Brasil. Queremos valorização, profissionalização e condições de progredir na carreira, se não a escola pública não avança. Precisamos de resultados imediatos para quem está na envolvido com a educação todos os dias”, reiterou ela.

Mobilização

De acordo com Heleno Araújo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), a ação coletiva é fundamental para garantir direitos que já foram conquistados em lei, mas ainda não são aplicados.

“A mobilização visa fazer valer a lei do FUNDEB que conquistamos no ano de 2007. A determinação da Lei do FUNDEB gerou a Lei nº 12.014/2009, que caracterizou quem são os profissionais da educação, e a Lei do PNE, que determinou até junho de 2016 termos a Lei do Piso Salarial Profissional Nacional para os Profissionais da Educação”, disse.

Além da defesa do piso, o projeto é parte de um conjunto de medidas necessárias para mudar a realidade da educação básica no país.

“O piso salarial é um dos indicadores da valorização dos/as profissionais da educação e terá importância se for acompanhado de concursos públicos para ingresso na carreira e a aplicação da Lei que trata do desenvolvimento na carreira. Com isso realizado no cotidiano dos sistemas de ensino, teremos condições para mudar a realidade caótica que observamos hoje na educação básica pública”, afirma Heleno

“Trabalhamos todos os dias, atendendo a educação em todos os níveis e modalidade, mas também a sociedade de forma geral, fazendo com que o mandato sirva de verdade para alavancar o desenvolvimento e o progresso do nosso estado”, afirmou a parlamentar.

A deputada ressaltou que Goiás ocupa a segunda posição entre os estados brasileiros que mais matam mulheres. “A violência está em todos os cantos. Ela atravessa classes sociais, categorias profissionais e atinge, inclusive, mulheres que ocupam mandatos eletivos. Precisamos avançar em todos os setores, a começar por esta Casa, a Assembleia Legislativa”, disse.

O gesto, protagonizado por um parlamentar goiano, foi duramente criticado pela deputada Bia de Lima no plenário por representar uma postura subserviente aos interesses internacionais, especialmente num momento em que os EUA impõem restrições ao setor produtivo e ao povo brasieliro