“Bandeira dos EUA na Alego é vergonha escancarada”, dispara Bia de Lima

O gesto, protagonizado por um parlamentar goiano foi duramente criticado pela deputada Bia de Lima no plenário por representar uma postura subserviente aos interesses internacionais, especialmente num momento em que os EUA impõem restrições ao setor produtivo e ao povo brasieliro

A exibição da bandeira dos Estados Unidos durante sessão plenária na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), dia 06.08, provocou forte reação e abriu espaço para uma discussão mais ampla sobre soberania nacional, defesa das riquezas estratégicas do estado e dos trabalhadores. O gesto, protagonizado por um parlamentar goiano, foi duramente criticado pela deputada Bia de Lima no plenário, por representar uma postura subserviente aos interesses internacionais, especialmente num momento em que os EUA impõem restrições ao setor produtivo e ao povo brasieliro.

A deputada classificou a cena como uma “vergonha escancarada”. Para a parlamentar, a presença da bandeira de uma potência estrangeira na tribuna da Casa do Povo Goiano é sintomática de uma incoerência recorrente “É vergonhoso ver alguém subir à tribuna com a bandeira de um país que está impondo barreiras ao agronegócio brasileiro, setor que depende das exportações, justamente o setor que tantos aqui dizem defender, e que é um dos grandes setores prejudicado pelo tarifaço, ” afirmou Bia.

O debate ainda trouxe à tona a preocupação com a crescente influência estrangeira sobre recursos estratégicos brasileiros, especialmente as terras raras, minerais essenciais para tecnologias avançadas e abundantes no subsolo goiano. A disputa por essas riquezas tem despertado o interesse direto de potências como os Estados Unidos.

O alerta se estende à necessidade de responsabilidade legislativa, segundo a própria deputada antecipou, um projeto de lei deve chegar à Assembleia nos próximos meses para regulamentar a exploração de terras raras em Goiás, com o objetivo de garantir que os benefícios dessa atividade fiquem no estado e revertam em desenvolvimento para a população. “Não vamos permitir que Goiás seja tratado como colônia. Precisamos garantir que as riquezas daqui sirvam ao nosso povo, não ao lucro de empresas estrangeiras, ao custo da pobreza do povo”, afirmou Bia de Lima.

Além da denúncia à submissão política e econômica, o discurso também apontou o risco de que a política goiana se transforme em palco de performances vazias, em detrimento de discussões concretas sobre os rumos do estado. “O povo quer resultado, não discurso vazio e gritaria”, foi o recado dado durante a fala da deputada no plenário.

A coerência da deputada Bia de Lima, deve-se a sua longa trajetória na defesa das causas populares, e a sua militância histórica no Partido dos Trabalhadores (PT). A crítica à postura de determinados parlamentares também incluiu uma cobrança direta: é preciso escolher entre fazer política de verdade ou seguir alimentando disputas ideológicas que nada constroem.

“Trabalhamos todos os dias, atendendo a educação em todos os níveis e modalidade, mas também a sociedade de forma geral, fazendo com que o mandato sirva de verdade para alavancar o desenvolvimento e o progresso do nosso estado”, afirmou a parlamentar.

A deputada ressaltou que Goiás ocupa a segunda posição entre os estados brasileiros que mais matam mulheres. “A violência está em todos os cantos. Ela atravessa classes sociais, categorias profissionais e atinge, inclusive, mulheres que ocupam mandatos eletivos. Precisamos avançar em todos os setores, a começar por esta Casa, a Assembleia Legislativa”, disse.

“Os administrativos fazem a escola funcionar. São eles que fazem a merenda, que recebem os alunos, eles são parte ativa da escola e indispensáveis quando falamos de qualidade das instituições. O Piso, além de muito sonhado, é uma valorização efetiva para esses profissionais. Sabemos que é uma grande tarefa, mas o recado é claro e urgente: nós queremos piso para os administrativos, chega de esperar, é uma questão urgente”