Projeto da deputada Bia de Lima tomba línguas indígenas de Goiás como patrimônio imaterial do estado

“As línguas Karajá, Tapuio e Avá-Canoeiro figuram entre as mais ameaçadas de extinção no território goiano, seja pela diminuição de falantes, seja pelas intensas pressões socioculturais que fragilizam a continuidade de sua transmissão geracional. A cena impõe medidas objetivas e urgentes ao poder público, para que sejam tomadas ações imediatas de preservação”, afirma a deputada.

A deputada estadual bia de Lima (PT) apresentou nesta terça-feira (18), um projeto de lei que propõe o tombamento como patrimônio imaterial do Estado de Goiás as línguas indígenas das comunidades Karajá, Tapuio e Avá-Canoeiro, reconhecendo sua relevância cultural, histórica e social.

Conforme a proposta, o objetivo da iniciativa inclui preservar e valorizar a diversidade linguística e cultural das comunidades indígenas; incentivar a transmissão oral e escrita das línguas para novas gerações; promover políticas de educação bilíngue e inclusão cultural nas escolas e instituições públicas e ainda fomentar ações de pesquisa, documentação e difusão das línguas indígenas em parceria com universidades, centros culturais e órgãos governamentais.

“As línguas Karajá, Tapuio e Avá-Canoeiro figuram entre as mais ameaçadas de extinção no território goiano, seja pela diminuição de falantes, seja pelas intensas pressões socioculturais que fragilizam a continuidade de sua transmissão geracional. A cena impõe medidas objetivas e urgentes ao poder público, para que sejam tomadas ações imediatas de preservação”, afirma a deputada.

Além disso, essas comunidades possuem registro histórico de presença consolidada em Goiás, com vínculos territoriais profundos e tradições linguísticas que compões parte essencial da formação cultural goiana. A proteção dessas línguas representa não apenas a salvaguarda de um patrimônio ancestral, mas também o reconhecimento da contribuição desses povos à identidade do Estado.

“O tombamento permitirá a implementação de políticas públicas voltadas à documentação, revitalização, ensino e difusão dessas línguas, garantindo que seus saberes permaneçam vivos e acessíveis às futuras gerações”, completou a parlamentar.

“Sou membro do Fórum há muitos anos e sou conhecedora da realidade da educação em Goiás. Conheço como ninguém a importância de acolher e ampliar a representação das entidades nesse debate. Essa medida do veto, com certeza, foi uma orientação da Secretaria de Educação e do governador, Ronaldo Caiado, mas é incompreensível”, afirma Bia de Lima.

Durante sessão na Assembleia Legislativa de Goiás, a deputada estadual Bia de Lima (PT) fez um pronunciamento firme contra a destinação de mais de R$ 100 milhões da área da saúde para a compra de um imóvel da Caixa Econômica Federal no centro de Goiânia. Para a parlamentar, a medida é inaceitável, incoerente e desrespeitosa com as reais necessidades da população goiana.

“Em um momento em que estamos trabalhando para diminuir a inflação em Goiás e no Brasil, essa proposta vem em dissonância, em desacordo. É um absurdo o que se espera com isso. O Governo visa arrecadar, mas, a contrapartida, o efeito cascata, é terrível para os consumidores”, analisou Bia.