Bia de Lima propõe oferta de alimentação escolar para trabalhadores em exercício nas escolas

“Os professores, merendeiros, coordenadores, agentes administrativos, zeladores e demais servidores da educação permanecem longas horas em jornada de trabalho, muitas vezes em locais afastados de centros urbanos ou sem estrutura adequada para aquisição de refeições. Essa realidade impõe desafios ao desempenho de suas atividades, podendo afetar a concentração, a produtividade e, consequentemente, a qualidade do ensino ofertado”, pontua a deputada.

A deputada estadual Bia de Lima (PT), que preside a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa de Goiás e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), apresentou nesta quarta-feira (29/10) um projeto de lei que dispõe sobre o fornecimento de alimentação escolar aos professores e demais profissionais da educação, em efetivo exercício nas escolas públicas estaduais e municipais.

Conforme o projeto, “fica assegurado aos professores e demais profissionais da educação, em efetivo exercício nas escolas públicas do Estado e dos Municípios, o direito à alimentação oferecida aos estudantes, durante o período letivo, no âmbito dos programas de alimentação escolar”.

Segundo Bia de Lima, a alimentação escolar é reconhecida como um direito social e uma política pública essencial para a promoção da saúde, do bem-estar e do rendimento no ambiente educacional. “No entanto, os benefícios dessa política, tradicionalmente, são destinados apenas aos estudantes, desconsiderando a relevância dos profissionais que, diariamente, dedicam-se ao ensino e ao funcionamento das unidades escolares”, afirma ela.

“Os professores, merendeiros, coordenadores, agentes administrativos, zeladores e demais servidores da educação permanecem longas horas em jornada de trabalho, muitas vezes em locais afastados de centros urbanos ou sem estrutura adequada para aquisição de refeições. Essa realidade impõe desafios ao desempenho de suas atividades, podendo afetar a concentração, a produtividade e, consequentemente, a qualidade do ensino ofertado”, pontua a deputada.

Ainda de acordo com ela, garantir o acesso à alimentação escolar para os profissionais não se trata de privilégio, mas de reconhecimento da importância do trabalho educativo e da necessidade de condições dignas de exercício da profissão. Além disso, a medida contribui para a valorização da categoria, fortalecendo o vínculo entre os servidores e a comunidade escolar.

“Dessa forma, o projeto visa promover equidade, dignidade e valorização humana no ambiente escolar, reconhecendo que a educação de qualidade exige não apenas estrutura física, mas também o cuidado com aqueles que fazem da escola um espaço de aprendizado e cidadania”, completou Bia de Lima.

“Sou membro do Fórum há muitos anos e sou conhecedora da realidade da educação em Goiás. Conheço como ninguém a importância de acolher e ampliar a representação das entidades nesse debate. Essa medida do veto, com certeza, foi uma orientação da Secretaria de Educação e do governador, Ronaldo Caiado, mas é incompreensível”, afirma Bia de Lima.

Durante sessão na Assembleia Legislativa de Goiás, a deputada estadual Bia de Lima (PT) fez um pronunciamento firme contra a destinação de mais de R$ 100 milhões da área da saúde para a compra de um imóvel da Caixa Econômica Federal no centro de Goiânia. Para a parlamentar, a medida é inaceitável, incoerente e desrespeitosa com as reais necessidades da população goiana.

“Em um momento em que estamos trabalhando para diminuir a inflação em Goiás e no Brasil, essa proposta vem em dissonância, em desacordo. É um absurdo o que se espera com isso. O Governo visa arrecadar, mas, a contrapartida, o efeito cascata, é terrível para os consumidores”, analisou Bia.