Proposta de Bia de Lima limita em 180 dias o período para concessão administrativa de aposentadorias

“A medida se justifica diante da morosidade que, há anos, tem caracterizado o trâmite desses processos gerando prejuízos significativos aos servidores públicos que dedicaram sua vida ao serviço estatal”, aponta a deputada.

A deputada estadual Bia de Lima (PT) apresentou nesta terça-feira (21/10) um projeto de lei que altera a lei complementar n° 161, de 30 de dezembro de 2020, que dispõe sobre o regime próprio de previdência social do estado de Goiás (RPPS/GO).

A nova proposta determina que “o prazo para concessão administrativa de aposentadorias não excederá 180 (cento e oitenta) dias, sob pena de afastamento do servidor requerente, sem prejuízo de sua remuneração”.

De acordo com Bia de Lima, a nova proposta tem como finalidade principal fixar um prazo a ser seguido pela Administração Pública no tocante à concessão das aposentadorias no âmbito do Regime Próprio de Previdência Social do Estado de Goiás (RPPS/GO).

“A medida se justifica diante da morosidade que, há anos, tem caracterizado o trâmite desses processos gerando prejuízos significativos aos servidores públicos que dedicaram sua vida ao serviço estatal”, aponta a deputada.

Segundo a parlamentar, é comum que pedidos de aposentadoria permaneçam por longos períodos em análise, muitas vezes ultrapassando anos sem decisão definitiva. Essa demora causa insegurança jurídica, dificuldades financeiras e transtornos emocionais aos servidores, que ficam privados do exercício pleno de seu direito constitucional à aposentadoria.

“Ao fixar um prazo razoável para a conclusão desses processos, o projeto busca assegurar maior eficiência e transparência à gestão pública, promovendo a celeridade administrativa e o respeito ao princípio da dignidade da pessoa humana. Além disso, a medida contribui para a valorização do servidor público e para o fortalecimento da confiança na administração, garantindo que os direitos previdenciários sejam efetivamente reconhecidos dentro de um período previsível e justo”, ressalta Bia de Lima.   

“A paridade entre os professores contribui de forma essencial para a manutenção da qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão universitária. No entanto, observa-se uma discrepância remuneratória que fere os princípios constitucionais da isonomia, valorização do magistério e da dignidade do trabalho”, afirma ela.

Segundo a deputada, a proposta é inovadora e o fortalecimento da cadeia possibilitará a ampliação de oportunidades, fomentar a economia solidária, estimular a inovação em tecnologias e consolidar Goiás como referência em políticas públicas inclusivas, em consonância com a Constituição Federal, a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei n° 13.146/2015) e a Convenção Internacional sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência.

“Criança fora da escola não é uma questão nova, mas precisa de um novo impulso, uma nova dinâmica, para que todas elas tenham esse direito assegurado. É uma obrigação dos municípios oferecer e garantir esse direito, mas em Goiás ainda temos cidades que não têm vagas para o público da primeira infância, de 0 a 3 anos, o que é um problema grave”, afirmou a parlamentar.