Ao usar a tribuna durante e Pequeno Expediente da sessão ordinária desta quinta-feira (4/9), a deputada estadual Bia de Lima (PT) falou sobre a maior operação já realizada contra o crime organizado no Brasil, a Carbono Oculto. A operação foi deflagrada pela Receita Federal e pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), contra lavagem de dinheiro. As investigações ocorrem em vários estados, e Goiás é um dos locais onde a força-tarefa encontrou elos econômicos com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Em seu discurso, a parlamentar criticou o silêncio sobre o tema por parte de parlamentares que bravateiam não haver crime organizado no estado. “O povo muitas vezes preocupa com o bandido pobre, favelado, que rouba um carro, assalta uma padaria… Mas quando mexe com os grandes, poderosos, que tem político no meio, aí é um silêncio, uma tentativa de abafar, ninguém fala nada”, argumentou.
A deputada chamou a atenção para o grande montante investigado, da ordem de R$ 40 bilhões, e o uso das chamadas fintechs para lavagem dinheiro. “Precisamos ficar mais atentos, e não esconder as coisas. Quando é gente engravatada, poderosa, que está na Faria Lima, ou aqui em Goiás, na política, aí é um silêncio!”, declarou.
No entanto, Bia também enalteceu a articulação entre a Justiça, Receita Federal e forças policiais no enfrentamento à rede criminosa: “É assim que se resolve, não é com conversa fiada”, encerrou.