Quebra de decoro: Bia de Lima representa contra Amauri Ribeiro e requer advertência formal e pública

Foto: Carlos Costa/Alego
No documento, a parlamentar ressalta que “o comportamento do deputado [Amauri Ribeiro] não apenas reiterou as condutas incompatíveis com o decoro parlamentar, como também extrapolou os limites do embate político e da divergência ideológica, assumindo contornos de violência simbólica, verbal e potencialmente física contra uma parlamentar mulher no exercício pleno do mandato.

A deputada estadual Bia de Lima (PT) apresentou nesta quinta-feira, 22, uma representação contra o deputado Amauri Ribeiro (UB), na Comissão de Ética da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), por conduta atentatória ou incompatível com o decoro parlamentar.

No documento, a parlamentar ressalta que “o comportamento do deputado [Amauri Ribeiro] não apenas reiterou as condutas incompatíveis com o decoro parlamentar, como também extrapolou os limites do embate político e da divergência ideológica, assumindo contornos de violência simbólica, verbal e potencialmente física contra uma parlamentar mulher no exercício pleno do mandato.

Conforme o documento, O conteúdo da fala do parlamentar durante a sessão ordinária dessa quarta-feira (21/5) foi “evidentemente calunioso e ofensivo, imputou à deputada a prática de conduta criminosa gravíssima (pedofilia), extrapolando de forma evidente os limites da imunidade parlamentar”.

Por meio da representação, Bia de Lima solicita a instalação imediata de procedimento disciplinar contra o deputado, a expedição de advertência forma e pública, a adoção de providências para garantir a manutenção da ordem nas sessões e o respeito às prerrogativas constitucionais dos parlamentares.

Ao apresentar a representação, a parlamentar foi enfática ao dizer que não tolerará qualquer outro insulto de Ribeiro, especialmente, em nível pessoal, como foi feito nas sessões ordinárias desta semana, na quais ela foi vítima de violência política de gênero, além de ofensas relacionadas a uma possível apologia a pedofilia.

“Se as agressões acontecessem com as esposas, irmãs e mães de vossas excelências [deputados], acho que não estariam nesse silêncio. Trabalhei muito pela instalação da Procuradoria Especial da Mulher nesta Casa, que realiza atividades importantíssimas em todo o estado, e a Alego não vai ficar refém dessas posturas inadequadas. Os comportamentos são inaceitáveis e nada é feito. Isso não pode acontecer mais. A Casa precisa tomar providências”, afirmou a deputada.

A deputada relatou ainda que quase foi agredida por Amauri Ribeiro nessa quarta-feira (21/5) e que precisou ser escoltada até o seu gabinete. “Ele é reincidente. Ninguém aguenta mais esse palavreado chulo, que suja esta Casa, que constrange e envergonha a todos. Sou mãe, sou professora, tenho caráter e não vou tolerar situações como essa”, ressaltou.

A parlamentar fez um apelo para que as providências sejam tomadas. “Faço um apelo ao presidente desta Casa, que eu votei, para tomar as providências cabíveis. Trabalhei muito para chegar aqui e sou diariamente desrespeitada. O deputado quis imputar a mim, que sou uma mulher de respeito, algo que nunca aconteceu. Tenho sido agredida e violentada diariamente, para mim basta. Peço ao senhor que tome as providências cabíveis”, enfatizou.

Em sua justificativa, Bruno Peixoto afirmou que tem carinho e consideração por Bia de Lima e que a manifestação será encaminhada ao Conselho de Ética.

“Sei que vossa excelência tem caráter ilibado, e não houve qualquer conotação e longe de qualquer ato criminoso, tenho plena convicção. O embate entre as ideias é totalmente salutar, vamos trabalhar no sentido de que não vamos partir para o campo pessoal, mas sim nas ideias, na defesa dos goianos, dos ideais. Vamos encaminhar a representação ao Conselho de Ética para que sejam tomadas as medidas cabíveis. A mesa não aceitará ataques pessoais de quem quer que seja”, afirmou.

O evento, que é um espaço essencial de diálogo e construção coletiva, teve como foco o debate, a formulação e o fortalecimento de políticas públicas voltadas às mulheres da capital.

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